domingo, 20 de janeiro de 2008
AS ENCARNAÇÕES NA SEGUNDA RAÇA
Quando cessou o trabalho de integração de espíritos
animalizados nesses corpos fluídicos e terminaram sua
evolução, aliás muito rápida, nessa raça-padrão, o planeta se
encontrava nos fins de seu terceiro período geológico e já
oferecia condições de vida favoráveis para seres humanos
encarnados; já de há muito seus elementos materiais estavam
estabilizados e o cenário foi julgado apto a receber o
"rei da criação".
Iniciou-se, então, essa encarnação nos homens primitivos
formadores da Segunda Raça-Mãe, que a tradição esotérica
também registrou com as seguintes características:
- "espíritos habitando formas mais consistentes, já
possuidores de mais lucidez e personalidade", porém ainda não
fisicamente humanos.
Iniciou-se com estes espíritos um estágio de adaptação
na crosta planetária tendo como teatro o grande continente da
Lemúria. Esta segunda raça deve ser considerada como
pré-adâmica.
Estava-se nos albores do período quaternário.
Os homens dessa Segunda Raça em quase nada se
distinguiam dos seus antecessores símios; eram grotescos,
animalizados, inteiramente peludos, enormes cabeças
pendentes para a frente, braços longos que quase tocavam os
joelhos; ferozes, de andar trôpego e vacilante e em cujo olhar,
inexpressivo e esquivo, predominavam a desconfiança e o medo.
Alimentavam-se de frutos e raizes; viviam isolados,
escondidos nas matas e nas rochas, fugindo uns dos outros,
vendo nas feras que os rodeavam por toda parte seres
semelhantes a eles mesmos, e procriando-se instintivamente,
sem preocupação de estabelecerem entre si laços de afeto ou
de intimidade permanente. Quem olhasse então o mundo não
diria que ele já era habitado por seres humanos.
Essa Segunda Raça evoluiu por muitos milênios, dando
tempo a que se procedesse a necessária adaptação ao meio
ambiente até que, por fim, como desabrochar lento e custoso
da inteligência, surgiu entre seus componentes o desejo de vida
comum que, nessa primeira etapa evolutiva, era visceralmente
brutal e violento.
Os ímpetos do sexo nasceram de forma terrivelmente
bárbara e os homens saíam furtivamente de seus antros escuros
para se apoderarem pela força de companheiras inconscientes
e indefesas, com as quais geravam filhos que se criavam por si
mesmos, ao redor do núcleo familiar, como feras.
Com o correr do tempo, entretanto, essa proliferação
desordenada e o agrupamento forçado de seres do mesmo
sangue, obrigaram os homens a procurar habitações mais
amplas e cômodas, que encontraram em grutas e cavernas
naturais, nas bases das colinas ou nas anfractuosidades das
montanhas.
Sua inteligência ainda não bastava para a idealização de
construções mais apropriadas e assim surgiram os trogloditas
da Idade da Pedra, em cujos olhos, porém, já a esse tempo,
luziam os primeiros fulgores do entendimento e cujos corações
já de alguma forma se abrandavam ao calor dos primeiros
sentimentos humanos.
Eis como eles foram vistos pelo espírito de João, o
Evangelista, em comunicação dada na Espanha, nos fins do
século passado.9
- "Adão ainda não tinha vindo.
Porque eu via um homem, dois homens, muitos homens
e no meio deles não via Adão e nenhum deles conhecia Adão.
Eram os homens primitivos, esses que meu espírito
absorto, contemplava.
Era o primeiro dia da humanidade; porém, que
humanidade, meu Deus!...
Era também o primeiro dia do sentimento, da vontade
e da luz; mas de um sentimento que apenas se diferenciava
da sensação, de uma vontade que apenas desvanecia as
sombras do instinto.
Primeiro que tudo o homem procurou o que comer;
após, procurou uma companheira, juntou-se com ela e
tiveram filhos.
Meu espírito não via o homem do Paraíso; via muito
menos que o homem, coisa pouco mais que um animal
superior.
Seus olhos não refletiam a luz da inteligência; sua
fronte desaparecia sob o cabelo áspero e rijo da cabeça;
sua boca, desmesuradamente aberta, prolongava-se para
diante; suas mãos pareciam com os pés e freqüentemente
tinham o emprego destes; uma pele pilosa e rija cobria as
suas carnes duras e secas, que não dissimulavam a fealdade
do esqueleto.
Oh! Se tivésseis visto, como eu, o homem do primeiro
dia, com seus braços magros e esquálidos caídos ao longo
do corpo e com suas grandes mãos pendidas até os joelhos,
vosso espírito teria fechado os olhos para não ver e
procuraria o sono para esquecer.
Seu comer era como devorar; bebia abaixando a cabeça
e submergindo os grossos lábios nas ágatas; seu andar era
pesado e vacilante como se a vontade não interviesse; seus
olhos vagavam sem expressão pelos objetos, como se a visão
não se refletisse em sua alma; e seu amor e seu ódio, que
nasciam de suas necessidades satisfeitas ou contrariadas,
eram passageiros como as impressões que se estampavam
em seu espírito e grosseiros como as necessidades em que
tinham sua origem.
O homem primitivo falava, porém não como o homem:
alguns sons guturais, acompanhados de gestos, os precisos
para responder às suas necessidades mais urgentes.
Fugia da sociedade e buscava a solidão; ocultava-se
da luz e procurava indolentemente nas trevas a satisfação
de suas exigências naturais.
Era escravo do mais grosseiro egoísmo; não procurava
alimento senão para si; chamava a companheira em épocas
determinadas, quando eram mais imperiosos os desejos da
carne e, satisfeito o apetite, retraía-se de novo à solidão
sem mais cuidar da prole.
O homem primitivo nunca ria; nunca seus olhos
derramavam lágrimas; o seu prazer era um grito e a sua
dor era um gemido.
O pensar fatigava-o; fugia do pensamento como da
luz. "
E mais adiante acrescenta:
- "E nesses homens brutos do primeiro dia o
predomínio orgânico gerou a força muscular; e a vontade
subjugada pela carne gerou o abuso da força; dos estímulos
da carne nasceu o amor; do abuso da força nasceu o ódio, e
a luz, agindo sobre o amor e sobre o tempo, gerou as
sociedades primitivas.
A família existe pela carne; a sociedade existe pela
força.
Moravam as famílias à vista de todos, protegiam-se,
criavam rebanhos, levantavam tendas sobre troncos e depois
caminhavam sobre a terra.
O homem mais forte é o senhor da tribo; a tribo mais
poderosa é o lobo das outras.
As tribos errantes, como o furacão, marcham para
diante e, como gafanhotos, assaltam a terra onde pousam
seus enxames. "
Assim, como bem deixa ver o Evangelista, no final de
sua comunicação, com o correr dos tempos as famílias foram
se unindo, formando tribos, se amalgamando, cruzando tipos,
elegendo chefes e elaborando as primeiras regras de vida em
comum, que visavam preferentemente às necessidades
materiais da subsistência e da procriação.
animalizados nesses corpos fluídicos e terminaram sua
evolução, aliás muito rápida, nessa raça-padrão, o planeta se
encontrava nos fins de seu terceiro período geológico e já
oferecia condições de vida favoráveis para seres humanos
encarnados; já de há muito seus elementos materiais estavam
estabilizados e o cenário foi julgado apto a receber o
"rei da criação".
Iniciou-se, então, essa encarnação nos homens primitivos
formadores da Segunda Raça-Mãe, que a tradição esotérica
também registrou com as seguintes características:
- "espíritos habitando formas mais consistentes, já
possuidores de mais lucidez e personalidade", porém ainda não
fisicamente humanos.
Iniciou-se com estes espíritos um estágio de adaptação
na crosta planetária tendo como teatro o grande continente da
Lemúria. Esta segunda raça deve ser considerada como
pré-adâmica.
Estava-se nos albores do período quaternário.
Os homens dessa Segunda Raça em quase nada se
distinguiam dos seus antecessores símios; eram grotescos,
animalizados, inteiramente peludos, enormes cabeças
pendentes para a frente, braços longos que quase tocavam os
joelhos; ferozes, de andar trôpego e vacilante e em cujo olhar,
inexpressivo e esquivo, predominavam a desconfiança e o medo.
Alimentavam-se de frutos e raizes; viviam isolados,
escondidos nas matas e nas rochas, fugindo uns dos outros,
vendo nas feras que os rodeavam por toda parte seres
semelhantes a eles mesmos, e procriando-se instintivamente,
sem preocupação de estabelecerem entre si laços de afeto ou
de intimidade permanente. Quem olhasse então o mundo não
diria que ele já era habitado por seres humanos.
Essa Segunda Raça evoluiu por muitos milênios, dando
tempo a que se procedesse a necessária adaptação ao meio
ambiente até que, por fim, como desabrochar lento e custoso
da inteligência, surgiu entre seus componentes o desejo de vida
comum que, nessa primeira etapa evolutiva, era visceralmente
brutal e violento.
Os ímpetos do sexo nasceram de forma terrivelmente
bárbara e os homens saíam furtivamente de seus antros escuros
para se apoderarem pela força de companheiras inconscientes
e indefesas, com as quais geravam filhos que se criavam por si
mesmos, ao redor do núcleo familiar, como feras.
Com o correr do tempo, entretanto, essa proliferação
desordenada e o agrupamento forçado de seres do mesmo
sangue, obrigaram os homens a procurar habitações mais
amplas e cômodas, que encontraram em grutas e cavernas
naturais, nas bases das colinas ou nas anfractuosidades das
montanhas.
Sua inteligência ainda não bastava para a idealização de
construções mais apropriadas e assim surgiram os trogloditas
da Idade da Pedra, em cujos olhos, porém, já a esse tempo,
luziam os primeiros fulgores do entendimento e cujos corações
já de alguma forma se abrandavam ao calor dos primeiros
sentimentos humanos.
Eis como eles foram vistos pelo espírito de João, o
Evangelista, em comunicação dada na Espanha, nos fins do
século passado.9
- "Adão ainda não tinha vindo.
Porque eu via um homem, dois homens, muitos homens
e no meio deles não via Adão e nenhum deles conhecia Adão.
Eram os homens primitivos, esses que meu espírito
absorto, contemplava.
Era o primeiro dia da humanidade; porém, que
humanidade, meu Deus!...
Era também o primeiro dia do sentimento, da vontade
e da luz; mas de um sentimento que apenas se diferenciava
da sensação, de uma vontade que apenas desvanecia as
sombras do instinto.
Primeiro que tudo o homem procurou o que comer;
após, procurou uma companheira, juntou-se com ela e
tiveram filhos.
Meu espírito não via o homem do Paraíso; via muito
menos que o homem, coisa pouco mais que um animal
superior.
Seus olhos não refletiam a luz da inteligência; sua
fronte desaparecia sob o cabelo áspero e rijo da cabeça;
sua boca, desmesuradamente aberta, prolongava-se para
diante; suas mãos pareciam com os pés e freqüentemente
tinham o emprego destes; uma pele pilosa e rija cobria as
suas carnes duras e secas, que não dissimulavam a fealdade
do esqueleto.
Oh! Se tivésseis visto, como eu, o homem do primeiro
dia, com seus braços magros e esquálidos caídos ao longo
do corpo e com suas grandes mãos pendidas até os joelhos,
vosso espírito teria fechado os olhos para não ver e
procuraria o sono para esquecer.
Seu comer era como devorar; bebia abaixando a cabeça
e submergindo os grossos lábios nas ágatas; seu andar era
pesado e vacilante como se a vontade não interviesse; seus
olhos vagavam sem expressão pelos objetos, como se a visão
não se refletisse em sua alma; e seu amor e seu ódio, que
nasciam de suas necessidades satisfeitas ou contrariadas,
eram passageiros como as impressões que se estampavam
em seu espírito e grosseiros como as necessidades em que
tinham sua origem.
O homem primitivo falava, porém não como o homem:
alguns sons guturais, acompanhados de gestos, os precisos
para responder às suas necessidades mais urgentes.
Fugia da sociedade e buscava a solidão; ocultava-se
da luz e procurava indolentemente nas trevas a satisfação
de suas exigências naturais.
Era escravo do mais grosseiro egoísmo; não procurava
alimento senão para si; chamava a companheira em épocas
determinadas, quando eram mais imperiosos os desejos da
carne e, satisfeito o apetite, retraía-se de novo à solidão
sem mais cuidar da prole.
O homem primitivo nunca ria; nunca seus olhos
derramavam lágrimas; o seu prazer era um grito e a sua
dor era um gemido.
O pensar fatigava-o; fugia do pensamento como da
luz. "
E mais adiante acrescenta:
- "E nesses homens brutos do primeiro dia o
predomínio orgânico gerou a força muscular; e a vontade
subjugada pela carne gerou o abuso da força; dos estímulos
da carne nasceu o amor; do abuso da força nasceu o ódio, e
a luz, agindo sobre o amor e sobre o tempo, gerou as
sociedades primitivas.
A família existe pela carne; a sociedade existe pela
força.
Moravam as famílias à vista de todos, protegiam-se,
criavam rebanhos, levantavam tendas sobre troncos e depois
caminhavam sobre a terra.
O homem mais forte é o senhor da tribo; a tribo mais
poderosa é o lobo das outras.
As tribos errantes, como o furacão, marcham para
diante e, como gafanhotos, assaltam a terra onde pousam
seus enxames. "
Assim, como bem deixa ver o Evangelista, no final de
sua comunicação, com o correr dos tempos as famílias foram
se unindo, formando tribos, se amalgamando, cruzando tipos,
elegendo chefes e elaborando as primeiras regras de vida em
comum, que visavam preferentemente às necessidades
materiais da subsistência e da procriação.
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