domingo, 20 de janeiro de 2008

TRADIÇÕES ESPIRITUAIS DA DESCIDA

Nada existe, que saibamos, nos arquivos do conhecimento
humano, que nos dê, desse fato remotíssimo e de tão visceral
interesse, a saber: o da miscigenação de raças pertencentes a
orbes siderais diferentes. Revelação tão clara e transcendente
como essa que nos vem pelos emissários da Doutrina Espírita,
tanto como consta, em seus primeiros anúncios, da Codificação
Kardeciana e das comunicações subseqüentes de espíritos
autorizados, como agora desta narrativa impressionante de
Emmanuel, que estamos a cada passo citando.
Realmente, perlustrando os anais da História, das
Ciências, das Religiões e das Filosofias, vêmo-las inçadas de
relatos, enunciados e afirmativas emitidos por indivíduos
inspirados que impulsionaram, impeliram o pensamento
humano, desde os albores do tempo e em todas as partes do
mundo; conceitos, concepções que representam um colossal
acervo de conhecimentos de toda espécie e natureza.
Mas em nenhum desses textos a cortina foi jamais
levantada tão alto para deixar ver como esta humanidade se
formou, no nascedouro, segundo as linhas espirituais da
questão; o espírito humano, por isso mesmo, e por força dessa
ignorância primária, foi-se deixando desviar por alegorias,
absorver e fascinar por dogmas inaceitáveis, teorias e
idealizações de toda sorte, muitas realmente não passando de
fantasias extravagantes ou elocubrações cerebrais alucinadas.

Todavia, neste particular que nos interessa agora, nem tudo
se perdeu da realidade e, buscando-se no fundo da trama, muitas
vezes inextricável e quase sempre alegórica dessas tradições
milenárias, descobrem-se aqui e ali filões reveladores das mais
puras gemas que demonstram, não só a autenticidade como,
também, a exatidão dos detalhes desses empolgantes
acontecimentos históricos, que estão sendo trazidos a lume
pelos mensageiros do Senhor, nos dias que correm.
Assim, compulsando-se a tradição religiosa dos hebreus,
verifica-se que o Livro Apócrifo de Enoque diz, em certo
trecho, Cap. 6:21:
- "Houve anjos, chamados Veladores, que se deixaram
cair do céu para amar as Filhas da Terra."
"E quando os anjos -os Filhos do Céu- as viram, por
elas se apaixonaram e disseram entre si: vamos escolher
esposas da raça dos homens e procriemos filhos."
Então seu chefe Samyaza lhes disse:
"Talvez não tenhais coragem para efetivar esta resolução
e eu ficarei sozinho responsável pela vossa queda."
Mas eles lhe responderam: "Juramos de não nos
arrepender e de levar a efeito a nossa intenção."
E foram duzentos deles que desceram sobre a Montanha
de Harmon. A partir de então, esta montanha foi denominada
Harmon, que quer dizer "montanha do juramento".
Desses consórcios nasceram gigantes que oprimiram os
homens.
Eis os nomes dos chefes desses anjos que desceram: Samya-
za, que era o primeiro de todos, Urakbarameel, Azibeel, Tamiel,
Ramuel, Danel, Amarazac, Azkeel, Saraknial, Azael, Armers,
Batraal, Aname, Zaveleel, Samsaveel, Ertrael, Turel, Jomiael e Arasial.

"Eles tomaram esposas com as quais viveram, ensinando-lhes
a magia, os encantamentos e a divisão das raízes e das árvores.
Ámarazac ensinou todos os segredos dos encantamentos,
Batraal foi o mestre dos que observam os astros, Azkeel revelou
os signos e Azael revelou os movimentos da Lua."
Este livro de Enoque, anterior aos de Moisés é também
muito citado pelos exegetas da antigüidade e pelo apóstolo
Judas Tadeu em sua epístola, vers.14, e dá, pois, testemunho
deste acontecimento.
Enoque, no velho hebraico, significa iniciado.
Falam dele Orígenes, Procópio, Tertuliano, Lactâncio,
Justino, Irineu de Lião, Clemente de Alexandria e outros santos
católicos.
Os maniqueus o citavam a miúdo e Euzébio diz em sua
obra intitulada: Preparação do cristão no espírito do
Evangelho que Moisés, no Egito, aprendeu com esse livro de
Enoque.
No século XVIII o explorador escocês Jaime Bruce
(1730-1794) descobriu um exemplar dele na Abissínia, mais
tarde traduzido para o inglês pelo arcebispo Lawrence.
Os etíopes-que são os medianitas da Bíblia-também
dizem que Moisés abeberou-se nesse livro, que lhe fora
ofertado por seu sogro, o sacerdote Jetro, e que dele se valeu
para escrever a Gênese.
"Os Jubileus", outro livro muito antigo dos hebreus,
***
19A tradição diz que escreveu uma cosmogonia conhecida como Livro
de Enoque e acrescenta que era tão puro que Deus o fez subir aos céus
com vida.

acrescenta que os "Veladores" vieram à Terra para ensinar aos
homens a vida perfeita, mas acabaram seduzidos pelas mulheres
encarnadas.
Este livro, também conhecido como "A Pequena Bíblia",
é considerado ainda mais antigo que o próprio Velho
Testamento.
Na mesma tradição dos hebreus vemos que Moisés - o
filho de Termútis e sacerdote do templo de Mênfi s; que veio à
Terra com a missão de fundar com esse povo escravo, após sua
libertação, a religião monoteista e a nação de Israel, para que,
no seu seio (único então considerado preferível ) descesse mais
tarde ao planeta o Messias Redentor - também se referiu ao
transcendente fato e o consignou na sua Gênese para que à
posteridade fosse assegurado mais este testemunho de sua
autenticidade.
Realmente, velado embora pela cortina da alegoria, lá está
o acontecimento descrito, na primeira parte da narrativa, quando
o profeta conta a criação do primeiro homem, sua queda e
ulterior expulsão do paraíso do Éden; esse mesmo empolgante
sucesso histórico, Emmanuel agora nos relata, quatro milênios
após, de forma objetiva e quase minudente, conquanto cingindo-
se unicamente ao aspecto espiritual do problema.
Pois ele mesmo adverte, referindo-se às finalidades de
sua já citada obra:
- "Não deverá ser este um trabalho histórico. A história
do mundo está compilada e feita.
Nossa contribuição será a tese religiosa elucidando a
influência sagrada da fé e o ascendente espiritual no curso de
todas as civilizações terrestres. "20
***
20 A Caminho da Luz, Antelóquio. (Nota da Editora)

No capítulo em que descreve os antepassados do homem
e, pondo em evidência a significação simplesmente simbólica,
mas autêntica, dos textos bíblicos, ele pergunta:
- "Onde está Adão, com a sua queda do paraíso?
Debalde nossos olhos procuram, aflitos, essas figuras
legendárias com o propósito de localizá-las no espaço e no
tempo.
Compreendemos, afinal, que Adão e Eva constituem uma
lembrança dos espíritos degredados na paisagem obscura da
Terra, como Caim e Abel são dois símbolos para a personalidade
das criaturas," 21
Sim. Realmente, Adão representa a queda dos espíritos
capelinos neste mundo de expiação que é a Terra, onde o esforço
verte lágrimas e sangue, como também no sagrado texto está
predito:
- "Maldita é a Terra por causa de ti - disse o Senhor;
com dor comerás dela todos os dias de tua vida...
Com o suor do teu rosto, comerás o pão até que te tomes
à Terra." (Gn, 3:17-19)
Refere-se o texto aos capelinos, às sucessivas
reencarnações que sofriam para resgate de suas culpas.
Se é verdade que os Filhos da Terra, no esforço de sua
própria evolução, teriam de passar dificuldades e
padecimentos, próprios dos passos iniciais do aprendizado
moral, dúvidas também não restam de que a Terra, de alguma
forma, foi maleficiada com a descida dos degredados, que para
aqui trouxeram novos e mais pesados compromissos a resgatar
e nos quais seriam envolvidos também os habitantes primitivos.
21 A Caminho da Luz, cap. II. (Nota da Editora)

Compreendemos, pois, pelos textos citados, que as
gerações de Adão formam as chamadas raças adâmicas
(vindas da Capela), designação que o Esoterismo dá, segundo
seus pontos de vista, aos espíritos que formaram a Primeira
Raça-Mãe, na fase em que, não possuindo corpo, forma e vida,
não podiam encarnar na crosta planetária, o que é muito
diferente.
O Esoterismo adota esta suposição para poder explicar a
vida da mônada espiritual na sua fase involutiva. Mas, como
temos explicado, para nós essa fase cessa no reino mineral e,
a partir daí, a mônada começa a sua evolução, não no astral
terreno, mas adstrita ou integrada, mais ou menos nos reinos
inferiores: mineral, vegetal e animal.
Somente após terminar suas experiências neste último
reino (animal), penetra a mônada no estágio preparatório do
astral terreno, em trânsito para suas primeiras etapas no reino
humanal.
Qualquer destas fases dura milênios.
Mas, retomando a narrativa e no entendimento iniciático,
diremos que Caim e Abel - os dois primeiros filhos -
são unicamente símbolos das tendências do caráter dessas
legiões de emigrados, formadas, em parte, por espíritos
rebeldes, violentos e orgulhosos e, em parte, por outros
- ainda que criminosos - porém já mais pacificados,
conformados e submissos à vontade do Senhor.
***
22Vide outras obras do Autor, como, por exemplo, Caminhas do Espírito,
Salmos, entre outras. (Nota da Editora)

A corrente de Caim - mais numerosa - foi a que
primeiro se encarnou, como já vimos, entre os povos da Terceira
Raça; que mais depressa e mais facilmente vinculou-se com os
Filhos da Terra - os habitantes primitivos - vindo a formar
sem contestação a massa predominante dos habitantes do
planeta, naquela época, e cujo caráter, dominador e violento,
predomina até nossos dias, em muitos povos.
Como conta Moisés:
- "... e saiu Caim da face do Senhor e habitou na terra de
Nod, da banda do Oriente do Éden. E conheceu Caim a sua
mulher e ela concebeu e gerou Enoque; e ele edificou uma
cidade..." (Gn, 4:16-17)
É fácil de ver que se Caim e Abel realmente tivessem
existido como filhos primeiros do primeiro casal humano, não
teria Caim encontrado mulher para com ela se casar, porque a
Terra seria, então, desabitada. É, pois, evidente que os capelinos,
ao chegar, já encontraram o mundo habitado por outros homens.
O texto significa que as primeiras legiões de exilados,
saindo da presença do Senhor, em Capela, vieram à Terra
encarnando-se primeiramente no Oriente (mesclando-se com
as mulheres dos povos aí existentes), gerando descendentes e
edificando cidades.
E dizendo: "da banda do oriente do Éden", confirma o
conceito, porque é suposição corrente que o Éden da Bíblia -
se bem que alegórico - referia-se a uma região situada na
Ásia Menor, e o Oriente dessa região justamente fica para os
lados da Lemúria e Ásia, onde habitavam os Rutas da Terceira
Raça.

E quanto aos exilados da corrente de Abel, diz a Gênese
na força do seu símbolo - que eles foram suprimidos logo no
princípio - o que deixa entender que sua permanência na Terra
foi curta.
Prosseguindo na enumeração das tradições referentes à
descida dos exilados da Capela, verificamos que os babilônios
antigos, conforme inscrições cuneiformes descobertas pela
ciência em escavações situadas em Kuniunik, povoação da
antiga Caldéia, somente reconheciam, como tendo existido à
época do dilúvio, duas raças de homens, sendo uma, de pele
escura que denominavam "os Adamis negros" e outra, de pele
clara, que denominavam "os Sarkus", ambas tendo por
antepassados uma raça de deuses que desceram à Terra,
obedecendo a sete chefes, cada um dos quais orientava e
conduzia uma massa de homens.
Acrescentavam essas inscrições que esses seres eram
considerados "prisioneiros da carne", "deuses encarnados"; e
terminavam afirmando que foi assim que se formaram as sete
raças adâmicas primitivas.
Na tradição dos hindus, na parte revelada ao Ocidente por
H. P Blavatsky2, lê-se que:
- "Pelo meio da evolução da Terceira Raça-Mãe,
chamada a raça lemuriana, vieram à Terra seres pertencentes a
***
23 Em A Ciência Secreta, Vol. 111, Antropogênese, Edit. Pensamento.
(Nota da Editora)

uma outra cadeia planetária, muito mais avançada em sua
evolução.
Esses membros de uma comunidade altamente evoluída,
seres gloriosos aos quais seu aspecto brilhante valeu o título
de "Filhos do Fogo", constituem uma ordem sublime entre os
filhos de Manas.
Eles tomaram sua habitação sobre a Terra como
instrutores divinos da jovem humanidade."
E as mitologias?
E as lendas da pré-história?
Não se referem elas a uma Idade de Ouro, que a
humanidade viveu, nos seus primeiros tempos, em plena
felicidade?
E a deuses, semideuses e heróis dessa época, que
realizaram grandes feitos e em seguida desapareceram?
Ora, como sabemos que a vida dos primeiros homens foi
cheia de desconforto, temor e miséria, bem se pode, então,
compreender que essa Idade de Ouro foi vivida fora da Terra
por uma humanidade mais feliz, e não passa de uma
reminiscência que os Exilados conservaram da vida espiritual
superior que viveram no paraíso da Capela.
Os deuses, semideuses e heróis dessa época, que
realizaram grandes feitos e em seguida desapareceram,
permanecendo unicamente como uma lenda mitológica, quem
são eles senão os próprios capelinos das primeiras encarnações
que, como já vimos, em relação aos homens primitivos,
rústicos e animalizados, podiam ser realmente considerados
seres sobrenaturais?

E os heróis antigos que se revoltaram contra Zeus
(o deus grego), para se apoderarem do céu, e foram arrojados
ao Tártaro, não serão os mesmos espíritos refugados da Capela
que lá no seu mundo se rebelaram e que, por isso, foram
projetados na Terra?
Os heróis antigos, que se tornavam imortais e semideuses,
não eram sempre filhos de deuses mitológicos e de mulheres
encarnadas? Pois esses deuses são os capelinos que se ligaram
às mulheres da Terra.
Plutarco escreveu: "que os heróis podiam subir,
aperfeiçoando-se, ao grau de demônios (daemon, gênios,
espíritos protetores) e até ao de deuses (espíritos superiores)."
O oráculo de Delfos, na Grécia, a miúdo, anunciava essas
ascensões espirituais dos heróis gregos. Isso não deixa patente
o conhecimento que tinham os antigos sobre as reencarnações,
a evolução dos espíritos e o intercâmbio entre os mundos?
Uma lenda dos índios Pahute, da América do Norte, conta
que o deus Himano disputou com outro e foi expulso do céu,
tornando-se um gênio do Mal.
Lendas mexicanas falam de um deus - soota - que se
rebelou contra o Ente Supremo e foi anojado à Terra, como
também de gênios gigantescos - os kinanus - que tentaram
apoderar-se do Universo e foram eliminados.
Finalmente, uma lenda asteca conta que houve um tempo
em que os deuses andavam pela Terra; que esta era, nessa época,
um magnífico horto, pleno de flores e frutos...
Tudo isso, porventura, não são alusões evidentes e claras
à descida dos capelinos e suas encarnações na Terra?

Como bem se pode, então, ver, as tradições orientais e
de outros povos antigos, inclusive dos hebreus, guardam
notícias dos acontecimentos que estamos narrando e, em várias
outras fontes do pensamento religioso dos antigos, poderíamos
buscar novas confirmações, se não devêssemos, como é de
nosso intento, nos restringir às de origem espírita, por serem
as mais simples e acessíveis à massa comum dos leitores; e,
também, porque este nosso trabalho não deve ter aspecto de
obra de erudição, enredando-se em complexidades e mistérios
de caráter religioso ou filosófico, mas, simplesmente, de
crença em revelações espirituais, provindas de Espíritos
autorizados, responsáveis pelo esclarecimento das mentes
humanas neste século de libertação espiritual.
Como remate destas tradições, citamos agora a obra de
Hilarion do Monte Nebo24, membro categorizado da
Fraternidade Essênia, contemporâneo e amigo de Jesus,
investigador da pré-história, com revelações conhecidas por
Moisés anteriormente, segundo as quais sobreviventes do
segundo afundamento da Atlântida aportaram à costa do
Mediterrâneo, a nordeste, nas faldas de uma cordilheira, onde
formaram um pequeno aglomerado de colonização, no qual
nasceu uma criança a que deram o nome de Abel.
Aquela região pertencia ao reino de Ethêa, futura Fenícia,
governada pela Confederação Kobda, fraternidade de
***
23 Harpas Eternas, Vol. II, Cap. "As Escrituras do Patriarca Aldis",
Editora Pensamento. (Nota da Editora)

orientação sócio-espiritualista, que exercia incontestada
hegemonia sobre grande parte do mundo então conhecido, e
cuja sede fora transferida de Nengadá, no delta do Nilo, para
um ponto entre os rios Eufrates e Tigre, na Mesopotâmia, e
cujo nome era La Paz.
Transferido para La Paz, o jovem assimilou os
conhecimentos científicos e religiosos da época, destacando-se
pelas excepcionais virtudes morais e inteligência que possuía,
as quais lhe permitiram ascender à direção geral dessa
Fraternidade, prestando relevantes serviços e sacrificando-se,
por fim, em beneficio da paz dos povos que governava, ameaçada
por um pretendente rebelde de nome Camo.
Abel, pelas suas virtudes e seu sacrificio, foi considerado
um verdadeiro missionário divino, o 6º da série, entre Krisna,
o 5º, e Moisés, o 7º, antecessores de Buda e de Jesus.
Seja como for, qualquer das tradições aqui citadas indica
o encadeamento natural e lógico dos fatos e das civilizações
seqüentes e desfaz o Mito de Adão, primeiro homem, do qual
Deus retirou uma costela para lhe dar uma companheira, quando
a própria Bíblia relata que nesse tempo havia outras mulheres
no mundo, com uma das quais, aliás, o próprio Caim fugiu para
se casar...
Moisés, que conhecia a verdade, estabeleceu esse mito
devido a ignorância e a imaturidade espiritual do povo que
salvara da escravidão no Egito, com o qual deveria formar uma
nação monoteísta.
São também absurdas e inaceitáveis as referências
bíblicas sobre um Moisés sanguinário e contraditório, versão
esta que, como se pode facilmente perceber, convinha à
dominação religiosa do povo hebreu pelo clero do seu tempo.

Essa Fraternidade Kobda, formou uma civilização
avançada, do ponto de vista espiritual, mas, com a morte de
Abel, degenerou na instituição dos faraós arquipoderosos do
Egito, dominadores e déspotas, que a seu tempo também
degeneraram.
O mesmo ocorreu com os Flâmines, na índia, sacerdotes
de Krisna; com a morte deste missionário, continuaram a influir
no meio ambiente, mas, degenerando no sentido religioso,
concorreram a formar o regime de castas e poderes fracionados
que até hoje existem.
É regra já firmada pela experiência que, após realizar a
finalidade espiritual a que se propuseram, as organizações
iniciáticas redentoras deveriam encerrar suas atividades, como
fizeram os Essênios na Palestina, após a morte de Jesus; não
deveriam fundir-se com a sociedade que decorresse de suas
atividades missionárias, porque não poderiam conservar sua
pureza e elevada condição.
Para se perpetuarem, teriam de aliar-se à nova ordem de
coisas quase sempre com base na força, passando por cima das
leis espirituais do amor universal que vieram estabelecer na
Terra.

Um comentário:

Unknown disse...

amei esse site. ele é muito legal e interessante.