domingo, 20 de janeiro de 2008

A PASSAGEM DO MILÊNIO

Assim atingimos o último ciclo.

Dois mil anos são transcorridos, após o sublime avatar; entretanto, eis
que a humanidade vive agora um novo período de ansiosa e dolorosa
expectativa; mais que nunca, e justamente porque seu entendimento se
alargou, crescendo sua responsabilidade, necessita ela de um Redentor.

Porque os ensinamentos maravilhosos do Messias de Deus foram, em grande
parte, desprezados ou deturpados.

O rumo tomado pelas sociedades humanas não é aquele que o Divino Pastor
apontou ao rebanho bruto dos primeiros dias, aos Filhos da Promessa que
desceram dos céus, e continua a apontar às gerações já mais esclarecidas
e conscientes dos nossos tempos.

Os homens se desviaram por maus caminhos e se perderam nas sombras da
maldade e do crime.

Como da primeira vez, os degredados e seus descendentes deixaram-se
corromper pelas paixões e foram dominados pelas tentações do mundo
material.

Sua inteligência, grandemente desenvolvida no transcorrer dos séculos,
foi aplicada na conquista de bens perecíveis; os templos dos deuses da
guerra, transferidos agora para as oficinas e as chancelarias, nunca
mais, desde muito, se fecharam, e a violência e a corrupção dominam por
toda a terra. O amálgama das raças e sua espiritualização na unidade -
que era a tarefa planetária dos Exilados - não produziram

os desejados efeitos, pois que parte da humanidade vive e se debate na
voragem nefanda da morte, destruindo-se mutuamente, enquanto muitos dos
Filhos da Terra ainda permanecem na mais lamentável barbárie e na
ignorância de suas altas finalidades evolutivas.

Pode hoje o narrador repetir como antigamente:

- " e viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a
terra..." (Gn, 6:5)

Por isso, agora, ao nos avizinharmos do encerramento deste ciclo, nossos
corações se confrangem e atemorizam: tememos o dia do novo juízo, quando
o Cristo, sentado no seu trono de luzes, pedir-nos contas de nossos
atos.

Porque está escrito, para se cumprir como tudo o mais se tem cumprido:

- "O Filho do Homem será o juiz.

Pois, como o Pai tem em si mesmo a vida, concede também ao Filho possuir
a vida em si; igualmente deu-lhe o poder de julgar, porque é o Filho do
Homem." (Jo, 5:22,26-27)

Não virá Ele, é certo, conviver conosco novamente na Terra, como nos
tempos apostólicos, mas, conforme estiver presente ou ausente em nossos
corações, naquilo que ensinou

e naquilo que, essencialmente, Ele mesmo é, a saber: sabedoria, amor e
pureza-assim seremos nós apartados uns dos outros.

Já dissemos e mostramos que, de tempos em tempos, periodicamente, a
humanidade atinge um momento de depuração, que é sempre precedido de um
expurgo planetário, para que dê um passo avante em sua rota evolutiva.

Estamos, agora, vivendo novamente um período desses e, nos planos
espirituais superiores, já se instala o divino tribunal; seu trabalho
consiste na separação dos bons e dos maus, dos compatíveis e
incompatíveis com as novas condições de vida que devem reinar na Terra
futuramente.

No Evangelho, como já dissemos, está claramente demonstrada pelo próprio
mestre a natureza do veredito: passarão para a direita os espíritos
julgados merecedores de acesso, aqueles que, pelo seu próprio esforço,
conseguiram a necessária transformação moral; os já então incapazes de
ações criminosas conscientes; os que tiverem dominado os instintos da
violência, pela paz; do egoísmo, pelo desprendimento; da ambição, pela
renúncia; da sensualidade, pela pureza.

Todos aqueles, enfim, que possuírem em seus perispíritos a luminosidade
reveladora da renovação, esses passarão para a direita; poderão fazer
parte da nova humanidade redimida; habitarão o mundo purificado do
Terceiro Milênio, onde imperarão novas leis, novos costumes, nova
mentalidade social, e no qual os povos, pela sua elevada conduta moral,
tornarão uma realidade viva os ensinamentos do Messias.

Quanto aos demais, aqueles para os quais as luzes da vida espiritual
ainda não se acenderam, esses passarão para a esquerda, serão relegados
a mundos inferiores, afins, onde viverão imersos em provas mais duras e
acerbas, prosseguindo na expiação de seus erros, com os agravos da
obstinação. Todavia, a misericórdia, como sempre, os cobrirá, pois terão
como tarefa redentora o auxílio e a orientação das humanidades
retardadas desses mundos, com vistas ao apressamento de sua evolução
coletiva.

Então, como sucedeu com os capelinos, em relação à Terra, assim sucederá
com os terrícolas em relação aos orbes menos felizes, para onde forem
degredados e, perante os quais como antigamente sucedeu,
transformar-se-ão em Filhos de Deus, em anjos decaídos.

E o Senhor disse:

- "Em verdade, vos digo que não passará esta geração sem que todas estas
coisas aconteçam." (Mt, 24:34)

Em sua linguagem sugestiva e alegórica referia-se o Mestre a esta
geração terrena, formada por todas as raças, cuja evolução vem da noite
dos tempos, nos períodos geológicos, alcança os nossos dias e
prosseguirá pelo tempo adiante.

Não passará, quer dizer: não ascenderá na perfectibilidade, não habitará
mundos melhores, não terá vida mais feliz, antes que redima os erros do
pretérito e seja submetida ao selecionamento que se dará neste fim de
ciclo que se aproxima. Assim, o expurgo destes nossos tempos - que já
está sendo iniciado nos planos etéreos-promoverá o alijamento de
espíritos imperfeitos para outros mundos e, ao mesmo tempo, a imigração
de espíritos de outros orbes para este.

Os que já estão vindo agora, formando uma geração de crianças tão
diferentes de tudo quanto tínhamos visto até o presente, são espíritos
que vão tomar parte nos últimos acontecimentos deste período de
transição planetária, que antecederá a renovação em perspectiva; porém,
os que vierem em seguida, serão já os da humanidade renovada, os futuros
homens da intuição, formadores de nova raça - a sexta - que habitará o
mundo do Terceiro Milênio.

Já estão descendo à Terra os Espíritos Missionários, auxiliares do
Divino Mestre, encarregados de orientar as massas e ampará-las nos
tumultos e nos sofrimentos coletivos que vão entenebrecer a vida
planetária nestes últimos dias do século.

Lemos no Evangelho e também ouvíamos, de há muito, a palavra dos
Mensageiros do Senhor advertindo que os tempos se aproximavam e,
caridosamente, aconselhando aos homens que se guardassem do mal, orando
e vigiando, como recomendara o Mestre.

Mas, agora, essas mesmas vozes nos dizem que os tempos já estão
chegados, que o machado já está posto novamente à raiz das árvores e os
fatos que se desenrolam perante nossos olhos estão de forma evidente,
comprovando as advertências.

Estas, como também sucedeu nos tempos da Codificação, são uniformes nos
seus termos em todos os lugares e ocasiões, demonstrando, assim, que há
uma ordenação de caráter geral, vinda dos Planos Superiores, para a
coordenação harmoniosa concordante dos acontecimentos planetários.

Que ninguém, pois, permaneça indiferente a estes misericordiosos avisos,
para que possa, enquanto ainda é tempo, engrossar as fileiras daqueles
que, no próximo julgamento, serão dignos da graça e da felicidade da
redenção.

O Sol entrará, agora, no signo de Aquário.

Este é um signo de luz e de espiritualidade e governará um mundo novo
onde, como já dissemos, mais altos atributos morais caracterizarão o
homem planetário; onde não haverá mais lugar para as imperfeições que
ainda hoje nos dominam;

onde somente viverão aqueles que forem dignos do título de Discípulos do
Cristo em Espírito e Verdade.

O novo ciclo - que se chamará o Reino do Evangelho - será iniciado pelos
homens da Sexta Raça e terminado pelos da Sétima, e em seu transcurso a
Terra se transformará de mundo de expiação em mundo regenerado.

Em grande maioria, julgamos, os atuais moradores da Terra não serão
dignos de habitar esse mundo melhor, porque o nível médio da
espiritualização planetária é ainda muito precário; todavia, nem por
isso seremos privados, qualquer que seja a nossa sorte, dos benefícios
da compaixão do Senhor e de Sua ajuda divina; e essa esperança nos
levanta, ainda em tempo, para novas lutas, novas tentativas, novos
esforços redentores.

Cristo, essa luz que não pudemos ainda conquistar, representa para
nossos espíritos retardados, um ideal humano a atingir, um arquétipo de
sublimada expressão espiritual e seu Evangelho, de beleza ímpar e de
sabedoria incomparável, uma meta a alcançar algum dia.

Por isso, no novo ciclo que se vai abrir, repetimos: um novo paraíso
será perdido para muitos; novos Filhos de Deus mais uma vez acharão
formosas as Filhas da Terra, tomá-las-ão para si e ouvirão novamente a
palavra do Senhor, dizendo: "Frutificai e multiplicai e enchei a Terra."
(Gn,1:22)

E um pouco mais os sinais desse dia surgirão no mundo, não mais somente
provocados pela Natureza, como no passado, mas pelo próprio homem, com a
aplicação do próprio engenho, desvairado, para que, assim, a
responsabilidade do espírito seja completa.

O Evangelho foi ensinado para aplicação em todo um período de tempo e
não para uma só época.

Por isso, o que o Mestre disse ontem é como se o dissesse hoje, porque,
com ligeiras modificações, tão bem se aplica aos dias em que Ele viveu
como aos que nós estamos vivendo.

Os cataclismos antigos eram necessários para o sofrimento coletivo tanto
quanto os modernos, visto que o homem pouca coisa evoluiu em todo esse
tempo, e o sofrimento continua sendo o elemento mais útil ao seu
progresso espiritual.

O homem desviou-se de seus rumos, fugiu do aprisco acolhedor,
entronizando a inteligência e desprezando os sentimentos do coração.

A ciência produziu frutos em largas messes que, entretanto, têm sido
amargos, não servindo para alimentar a alma, enobrecendo-a.

Agora chegará o momento em que o coração dirá ao cérebro: "basta", e o
homem, com base nas palavras do Messias, provará que somente o amor
redime para a eternidade.

Em tempos idos, de uma erupção espontânea de Júpiter ou da ruptura de um
de seus setores, nasceu um cometa 46 que, pela sua aproximação da Terra,
causou profundos e
***
46Segundo dados da astronomia moderna, relativamente à formação
cometária, é improvável que os mesmos tenham se originado de uma erupção
planetária; entretanto, a hipótese de que a Terra teria sido atingida
por um cometa no final do Cretáceo, causando a extinção de muitas
espécies, é sustentada por muitos cientistas. (Nota da Editora)

impressionantes cataclismos. Terras novas surgiram, mares e oceanos
modificaram sua posição, dilúvios, terremotos, maremotos, descargas
elétricas de tremendo poder destruidor, envenenamento da atmosfera,
meteoritos, tudo desabou sobre o nosso torturado planeta, aterrorizando
seus bárbaros e ignorantes habitantes.

Mas, por força desta aproximação cometária, a Terra passou a girar do
Ocidente para o Oriente, ao contrário de como era antes, por terem seus
pólos se invertido.47

Este mesmo acontecimento provocou um deslocamento da órbita de Marte
que, a partir daí, começou a girar muito perto da órbita da Terra, de 15
em 15 anos.

Segundo outras hipóteses, muito tempo atrás, antes da vinda do Mestre,
Marte passou tão perto que provocou, também, inúmeros e temerosos
cataclismos, e a sombra do Sol, recuou 10 graus, como conseqüência da
alteração do eixo da Terra em relação à eclíptica; a órbita por sua vez
aumentou de 5 dias em torno do Sol e o eixo de rotação deslocou-se 20
graus, trazendo como conseqüência, inundações e regelamento de extensas
regiões vizinhas dos pólos.

Por fim, a Terra estabilizou-se.

Mas todos estes cataclismos, segundo o que consta dos livros sagrados
das religiões e anúncio de profetas de reputada sabedoria, deverão
repetir-se, e novos corpos celestes entrarão em cena provocando novas
desgraças.

No sermão profético o Mestre avisou: -"E ouvireis de
***
47 Essa teoria da inversão dos pólos da Terra é citada diversas vezes em
A Doutrina Secreta, Vol. III, Antropogênese, por H.P. Blavatsky. O único
fenômeno dessa natureza admitido pela Ciência, contudo, e desconhecido à
época de Blavatsky, é a inversão dos pólos geomagnéticos da Terra num
espaço estimado entre 2 e 10 mil anos. (Nota da Editora)

guerras e rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister
que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porque se levantará nação
contra nação e reino contra reino e haverá fome, peste, e terremotos em
vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores." (Mt,
24:6-8)

- "E o Sol escurecerá e a Lua não dará o seu resplendor e as estrelas
cairão do céu e as potências dos céus serão abaladas". (Mt, 24:29)

E João, no seu Apocalipse, referindo-se aos mesmos cataclismos diz: - "E
havendo aberto o 6º selo olhei e eis que houve um grande tremor de terra
e o sol tornou-se negro como um saco de cilício e a lua tornou-se como
sangue.

E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança
de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.

E o céu retirou-se como um livro que se enrola, e todos os montes e
ilhas se moveram de seus lugares." (6:12-14)

E no cap. 21: - "Eu vi um novo céu e uma nova Terra, porque o primeiro
céu e a primeira Terra desapareceram, e o mar já não existia."

Desde os tempos remotos de Israel, muito antes que o Verbo Divino viesse
mostrar aos homens o caminho reto da salvação, as vozes veneráveis e
impressionantes dos profetas já alertavam os homens sobre os cataclismos
do futuro.

Diz Joel no cap.: 15-16: - "Deus fará, então, tremer os céus e a Terra;
o Sol e a Lua enegrecerão e as estrelas retirarão seu esplendor."

cada um com o seu companheiro e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial
escrito diante d'Ele para os que temem o Senhor e para os que se lembram
do seu nome.

E eles serão meus, diz o Senhor, naquele dia que os farei minha
propriedade; poupá-los-ei como um homem poupa seu filho que o serve.
Então tornareis a ver a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que
serve a Deus e o que não O serve." Porque eis que aquele dia vem ardendo
como um forno. Isaías, no cap. 24:17-23, reafirma solenemente:

- "Já as janelas do alto se abrem e os fundamentos da Terra tremerão. De
todo será quebrantada a Terra, de todo se romperá a Terra e de todo se
moverá a Terra. De todo se balanceará a Terra como o bêbado e será
movida e removida como a choça da noite.

E a Lua se envergonhará e o Sol se confundirá."

E o Apóstolo Pedro, na sua segunda epístola, cap. 3:12, diz, rematando
estas profecias: "Os céus incendiados se desfarão e os elementos ardendo
se fundirão. A Terra e todas as obras que nela há serão queimadas." 48

Pois todas estas profecias se aplicam aos nossos tempos e são
corroboradas pela própria ciência astronômica.

Por outro lado, as profecias, a começar do sermão profético de Jesus,
todas se referem a alterações no funcionamento do Sol e da Lua, e
consultando, agora, Nostradamus, o célebre médico e astrólogo francês
***
48 Há divergências sobre este ponto: grupos de cientistas crêem na volta
dos glaciários, mas preferimos o abrasamento da profecia,como já sucedeu
na Atlântida, onde aconteceu depois o resfriamento.

falecido em 1566. temos que ele continua. séculos depois. as profecias
israelitas. acrescentando-lhes detalhes impressionantes. Quanto ao
aparecimento de um cometa perigoso, diz ele: - "Quando o Sol ficar
completamente eclipsado, passará em nosso céu um novo corpo celeste, que
será visto em pleno dia.

Aparecerá no Setentrião, não longe de Câncer, um cometa. A um eclipse do
Sol sucederá o mais tenebroso verão que jamais existiu desde a criação
até a paixão e morte de Jesus Cristo e de lá até esse dia. "

E prossegue:

- "Uma grande estrela, por sete dias, abrasará. Nublada, fará dois sóis
aparecerem.

E quando o corpo celeste for visto a olho nu, haverá grande dilúvio, tão
grande e tão súbito que a onda passará sobre os Apeninos. "

E em seguida:

- "O Sol escondido e eclipsado por Mercúrio passará para um segundo céu.

- Ao aproximar-se da Terra, o seu disco aparecerá duas vezes maior que o
Sol, e os planetas também aparecerão maiores e baixarão de grau.

Uma grande translação se produzirá, de tal modo que julgarão a Terra
fora de sua órbita e abismada em trevas eternas.

A Lua escurecida em profundas trevas, ultrapassa seu irmão na cor da
ferrugem.

Por causa da Lua dirigida por seu anjo o céu desfará as inclinações com
grande perturbação, tremerá a Terra com a modificação, levantando a
cabeça para o cair."

Quer dizer: a aproximação da Lua influirá para que a Terra perca a
inclinação atualmente existente de 23° e 28° sobre a eclíptica, voltando
à posição vertical, e isto como bem se percebe trará tremendas
alterações sobre a disposição das terras e das águas sobre a crosta.49

Ouçamos, agora, uma voz profética do Espaço, em mensagens mediúnicas50:

- "Como auxiliares dos Senhores de Mundos existem legiões de espíritos
eminentemente sábios e altamente poderosos, que planejam o funcionamento
dos sistemas siderais, com milhões de anos de antecedência; outros que
planejam as formas de coisas e seres, e outros, ainda, que fiscalizam
esse funcionamento, fazendo com que as leis se cumpram inexoravelmente.

Há um esmerado detalhamento, tanto no trabalho da criação como no do
funcionamento dos sistemas e dos orbes. Enquanto a ciência terrestre se
ocupa unicamente de fatos referentes aos limitados horizontes que lhe
são marcados, a
***
49 Embora as previsões alarmantes de Nostradamus, com respeito a
catástrofes e verticalização do eixo da Terra, esta última foi
considerada uma utopia, de tradições muito antigas, pelo astrônomo
francês Camille Flammarion (1842-1925), (em Astronomia e Astrologia,
Hélio Amorim, Centro Astrológico de São Paulo, pág. 215, vol. 1), em
busca de um equilíbrio perfeito nas estações. Já o poeta inglês John
Milton (1608-74), no poema "Paraíso Perdido", canto X, fala do mito de
Adão e Eva e dos anjos mandados pelo Senhor "que empurravam com força o
eixo do globo para o inclinarem." (Nota da Editora)

50Mensagens que constam da obra Mensagens do Astral, Ramatís, Edit.
Freitas Bastos, págs. 34 a 39,10 8ª edição, e que divergem em alguns
pontos, de natureza científica, com a realidade dos fatos, e concordam
em outros. (Nota da Editora)

ciência dos Espaços opera na base de galáxias, de sistemas e de orbes,
em conjunto, abrangendo vastos e incomensuráveis horizontes no tempo e
no espaço.

No que se respeita aos astros individualmente e aos sistemas, a
supervisão destes trabalhos compete a espíritos da esfera crística que,
na hierarquia celestial, se conhecem como Senhores de Mundos.

Estes espíritos, quando descem aos mundos materiais, fazem-no após
demorada e dolorosa preparação, por estradas vibratórias rasgadas
através de esferas cada vez mais pesadas, descendo de plano a plano até
surgirem crucificados como deuses nos ergástulos da matéria que forma o
plano onde se detêm, na execução das tarefas salvadoras.

A vida humana nos mundos inferiores, por muito curta que seja, não
permite que os espíritos encarnados percebam a extensão, a amplitude e a
profundidade das sublimes atividades desses altíssimos espíritos; seria
preciso unir muitas vidas sucessivas, numa seqüência de milênios, para
ter um vislumbre, conquanto ainda ínfimo, desse trabalho criativo e
funcional que se opera no campo da vida infinita.

Os períodos de expurgo estão também previstos nesse planejamento imenso.
Quando os orbes se aproximam desses períodos, entram em uma fase de
transição durante a qual aumenta enormemente a intensidade física e
emocional da vida dos espíritos encarnados ali, quase sempre de baixo
teor vibratório, vibração essa que se projeta maleficamente na aura
própria do orbe e nos planos espirituais que lhe são adjacentes;
produz-se uma onda de

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Edgard Armond

magnetismo deletério, que erige um processo, quase sempre violento e
drástico, de purificação geral.

Estamos, agora, em pleno regime dum período destes. O expurgo que se
aproxima será feito em grande parte com auxílio de um astro 3.200
vezes maior que a Terra,51 que para aqui se movimenta, rapidamente, há
alguns séculos, e sua influência já começou a se exercer sobre a Terra
deforma decisiva, quando o calendário marcou o início do segundo período
deste século.

Essa influência irá aumentando progressivamente até esta época 52 , que
será para todos os efeitos o momento crucial desta dolorosa transição.

Como sua órbita é oblíqua em relação ao eixo da Terra, quando se
aproximar mais, pela força magnética de sua capacidade de atração de
massas, promoverá a verticalização do eixo com todas as terríveis
consequências que este fenômeno produzirá.

Por outro lado, quando se aproximar, também sugará da aura terrestre
todas as almas que afinem com ele no mesmo teor vibratório de baixa
tensão; ninguém resistirá à força tremenda de sua vitalidade magnética;
da Crosta, do Umbral e das Trevas nenhum espírito se salvará dessa
tremenda atração e será arrastado para o bojo incomensurável do
passageiro descomunal.
***
51 Ainda não existe confirmação quanto ao citado astro, astronomicamente
falando, nem quanto ao seu tamanho, mesmo porque o autor se refere à sua
aura etéreo-astral. (Nota da Editora)

52 Essas são épocas consideradas críticas, sob o ponto de vista de
alterações climáticas tanto quanto de crises sócio-econômicas. (Nota da
Editora)

Com a verticalização do eixo da Terra, profundas mudanças ocorrerão:
maremotos, terremotos, afundamento de terras, elevação de outras,
erupções vulcânicas, degelos e inundações de vastos territórios
planetários, profundas alterações atmosféricas e climáticas, fogo e
cinzas, terror e morte por toda a parte.

Mas, passados os tormentosos dias, os pólos se tornarão novamente
habitáveis e a Terra se renovará em todos os sentidos, reflorescendo a
vida humana em condições mais perfeitas e mais felizes. A humanidade que
virá habitála será formada de espíritos mais evoluídos, já filiados às
hostes do Cristo, amanhadores de sua seara de amor e de luz,
evangelizados, que já desenvolveram em apreciável grau as formosas
virtudes da alma que são atributos de Discípulos.

Milhares de condenados já estão sentindo, na Crosta e nos Espaços, a
atração terrível, o fascínio desse abismo que se aproxima, e suas almas
já se tornam inquietas e aflitas. Por toda parte do mundo a paz, a
serenidade, a confiança, a segurança desapareceram, substituídas pela
angústia, pelo temor, pelo ódio, e haverá dias, muito próximos, em que
verdadeiro pânico tomará conta das multidões, como epidemias
contagiantes e velozes.

A partir de agora, diz a mensagem, a população do orbe tenderá a
diminuir com os cataclismos da Natureza e com as destruições
inconcebíveis provocadas pelos próprios homens. No momento final do
expurgo somente uma terça parte da humanidade se encontrará ainda
encarnada; bilhões de almas aflitas e trementes sofrerão nos Espaços a
atração mortífera do terrível agente cósmico.

Voltemo-nos, pois, para o Cristo, enquanto é tempo; filiemo-nos entre os
que o servem, com humildade e amor, servindo ao próximo, e abramos os
nossos corações, amplamente, amorosamente, para o sofrimento do mundo,
do nosso mundo..." 53

Ouçamos, agora, a ciência do mundo atual.

Segundo revelações conhecidas, vindas do Plano Espiritual em várias
datas, os acontecimentos previstos para este fim de ciclo evolutivo,
diariamente, vão-se aproximando,

e seus primeiros sinais podemos verificar à simples observação do que se
passa no mundo que nos rodeia, tanto no setor humano, como no da
Natureza.

Segundo revelações novas, provindas do mesmo Plano, o começo crítico
desses acontecimentos se dará em 1984 54; mas como são revelações que
vêm através da mediunidade, muita gente, inclusive espíritas, não lhes
dão muita atenção.

Mas sucede que agora a própria ciência materialista está trazendo seu
contributo e confirmações, sobretudo na parte referente às atividades
astronômicas e geofísicas.

As últimas publicações prenunciam para 1983 terríveis acontecimentos
revelados por cientistas da Universidade do Colorado, nos Estados
Unidos, e de Sidney, na Austrália, e
***
53Estas revelações diferem muito pouco do que foi previsto por
Nostradamus e outros; um dos pontos diferentes é no afirmar que a
verticalização do eixo terrestre será promovida pela aproximação de um
planeta, quando Nostradamus afirma que o será pela Lua.

54 Considerando a época em que tais mensagens foram escritas (em torno
de 1950), as previsões se confirmaram, uma vez que 1983/84 foram anos
muito críticos para o clima do planeta - com muitas enchentes e secas -
tanto quanto para a economia mundial. (Nota da Editora)

dizem que se está encaminhando um alinhamento de planetas do nosso
sistema em um dos lados do Sol 55, que isso provocará um aumento
considerável de manchas solares e de labaredas, de dimensões inusitadas,
que impulsionarão o vento solar; correntes volumosas de radiações e de
partículas atômicas que se projetarão sobre a Terra colidindo com sua
atmosfera, criando auroras, formando tempestades violentas que
perturbarão o ritmo de rotação do planeta, modificando o ângulo de sua
inclinação sobre a órbita, com as terríveis conseqüências que estes
fenômenos provocarão.

É evidente que a esta parte astronômica e geofísica se acrescentarão as
ocorrências já previstas, de caráter espiritual que não se torna
necessário aqui repetir.

No fim deste século, o clima em todo o mundo estará mais quente, o nível
dos oceanos estará mais elevado e os ventos mudarão de direção.

É esta a conclusão a que chegaram os cientistas do Observatório
Geofísico de Leningrado , na Rússia, depois de estudarem matematicamente
as tendências das mudanças climáticas ocorridas até agora na Terra.

Dizem eles que com o aumento da temperatura da atmosfera terrestre, no
fim do século, as calotas polares terão
***
55 alinhamento de planetas - exteriores à Terra, de movimento orbital
mais lento - já foi muito comentado nos meios astronômicos e
astrológicos, e na mídia em geral. Um fenômeno dessa natureza pode
ocasionar alterações físicas sobre o campo magnético da Terra e,
provavelmente, sobre as criaturas que nela habitam. Gráficos provam que
as concentrações planetárias coincidem com períodos críticos da
humanidade, como no século XX: 14; 29/30; 40/42; 64; 68/69; 79/83; 91/92
(Astrologia Mundial, El Gran Desiquilibrio Planetário de 1982 1983,
Àndre Barbault, Vision Libros, Barcelona).

56 Atual São Petersburgo.

retrocedido (diminuído) consideravelmente e haverá modificações na
distribuição das chuvas.

Estes prenúncios científicos destacam justamente os pontos mais
marcantes das previsões espirituais que têm sido reveladas aos homens
encarnados pelo Plano Espiritual, através de médiuns de confiança, que
asseguram a necessária autenticidade das comunicações.

Assim, pois, estamos no princípio das dores e um pouco mais os sinais
dos grandes tormentos estarão visíveis no céu e na Terra, não havendo
mais tempo para tardios arrependimentos. Nesse dia:

- "Quem estiver no telhado não desça à casa e quem estiver no campo não
volte atrás." (Lc,17:31)

Porque haverá grandes atribulações e cada homem e cada mulher estará
entregue a si mesmo.

Ninguém poderá interceder pelo próximo; haverá um tão grande desalento
que somente a morte será o desejo dos corações; até o Sol se esconderá,
porque a atmosfera se cobrirá de sombras; e nenhuma prece mais será
ouvida e nenhum lamento mais comoverá as Potestades ou desviará o curso
dos acontecimentos.

Como está escrito:

- "E nesse dia haverá uma grande aflição como nunca houve nem nunca há
de haver." (Mt, 24:21)

Porque o Mestre é o Senhor, e se passam a Terra e os Céus Suas palavras
não passarão.

E Ele disse:

- "Jerusalém! Jerusalém! Quantas vezes quis eu ajuntar

os teus filhos como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas e
não o quiseste...

Por isso, não me vereis mais até que digais: Bendito seja o que vem em
nome do Senhor." (Lc,13:34-35)

E enquanto nossos olhos conturbados perscrutam os céus, seguindo,
aflitos, a réstia branca de luz que deixa, na sua esteira, a linda
Capela, o orbe longínquo dos nossos sonhos, reboa ainda aos nossos
ouvidos, vindas das profundezas do tempo, as palavras comovedoras de
João, nos repetindo:

- "Ele era a luz dos homens, a luz resplandeceu nas trevas e as trevas
não a receberam." (Jo,1:4-5)

E só então, penitentes e contritos, nós medimos, na trágica e tremenda
lição, a enormidade dos nossos erros e a extensão imensa de nossa
obstinada cegueira:

-porque fomos daqueles para os quais, naquele tempo, a luz resplandeceu
e foi desprezada;

- somos daqueles que repudiamos a salvação;

- somos os proscritos que ainda não se redimiram e que vão ser novamente
julgados, pesados e medidos, no tribunal do divino poder.

Por isso, é que permanecemos ainda neste vale expiatório de sombras e de
morte a entoar, lamentosamente, aa nênia melancólica do arrependimento.

Jerusalém! Jerusalém!

Um comentário:

ugodpacelli disse...

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