domingo, 20 de janeiro de 2008

NA ATLÂNTIDA, A QUARTA RAÇA

Extinta dessa forma, em sua grande massa, a Terceira Raça habitante do
Oriente, levantou-se, então, no Ocidente, o campo da nova civilização
terrestre, com o incremento das encarnações dos exilados na Grande
Atlântida, o "hábitat" da Quarta Raça, onde prepostos do Cristo já
haviam, antecipadamente, preparado o terreno para esses novos surtos de
vida planetária.

Assim, pois, deslocava-se para essa nova região o progresso do mundo,
enquanto os remanescentes da Terceira Raça, inclusive os tipos
primitivos, continuariam a renascer nos povos retardados de todo o
globo, os quais não pudessem acompanhar a marcha evolutiva da humanidade
em geral, como até hoje se pode verificar.

E, da mesma forma como sucedera em outras partes, na Atlântida, os
exilados, a partir dessa deslocação de massas, seguiram lentamente
sua rota evolutiva e, apesar de mais evoluídos e menos selvagens que os
rutas do Oriente, nem, por isso, primavam por uma conduta mais perfeita.

"Os atlantes primitivos da Quarta Raça-Mãe, que vieram em seguida, eram
homens de elevada estatura, com a testa muito recuada; tinham cabelos
soltos e negros, de seção redonda, e nisto diferiam dos homens que
vieram mais tarde, que possuíam seção ovalada; suas orelhas eram
situadas bem mais para trás e para cima, no crânio.

A cabeça do perispírito ainda estava um tanto para
fora, em relação ao corpo físico, o que indicava que ainda não havia
integração perfeita; na raiz do nariz havia um "ponto" que no homem
atual corresponde à origem do corpo etéreo (não confundir com a glândula
hipófise), que se situa muito mais para dentro da cabeça, na sela turca.

Esse "ponto" dos atlantes, separado como nos animais, nos homens atuais
coincide no etéreo e no denso, perfeitamente integrados no conjunto
psicofísico e essa separação dava aos atlantes uma capacidade singular
de penetração nos mundos etéreos, e permitiu que desenvolvessem amplos
poderes psíquicos que, por fim, degeneraram e levaram à destruição do
continente.

Nos atlantes dos últimos tempos, entretanto, quando habitavam a
Poseidônia, após os afundamentos anteriores, esses dois "pontos" já se
haviam aproximado, dando a eles plena visão física e desenvolvimento dos
sentidos.

Nesse continente a primeira sub-raça - romahals - possuia pouca
percepção e pequeno desenvolvimento de sentimentos em geral, mas grandes
possibilidades de distinguir

e dar nome às coisas que viam e ao mesmo tempo agir sobre elas.


Foi a sub-raça que desenvolveu os rudimentos da linguagem e da memória,
conhecimentos anteriormente esboçados e interrompidos na Lemúria por
causa do afundamento desse continente, pelo mesmo motivo da degradação
moral.

Das outras sub-raças, os travlatis desenvolveram a personalidade e o
sentido da realeza e adoravam seus antepassados, chefes e dirigentes.

Os toltecas desenvolveram o animismo e o respeito aos pais e familiares.
Iniciaram os governos organizados e

adquiriram experiências sobre administração, bem como de nações
separadas e de governos autônomos, formando, assim, os padrões, os
modelos da civilização pré-histórica que chegam até ao nosso
conhecimento atual.

Os atlantes eram homens fortes, alentados, de pele vermelha-escura ou
amarela, imberbes, dinâmicos, altivos, e excessivamente orgulhosos.

Desde que se estabeleceram como povos constituídos, nesse vasto
continente, iniciaram a construção de um poderoso império onde, sem
demora, predominaram a rivalidade intestina e as ambições mais
desmedidas de poderio e de dominação.

Por outro lado, desenvolveram faculdades psíquicas notáveis para a sua
época, que passaram a aplicar aos serviços dessas ambições inglórias; e,
de tal forma se desenvolveram suas dissensões, que foi necessário que
ali descessem vários Missionários do Alto para intervir no sentido de
harmonizar e dar diretrizes mais justas e construtivas às suas
atividades sociais.

Segundo consta de algumas revelações mediúnicas, ali encarnou duas
vezes, sob os nomes de Anfion e de Ántúlio, o Cristo planetário, como já
o tinha feito, anteriormente, na Lemúria, sob os nomes de Numu e Juno, e
como o faria, mais tarde na Índia, como Krisna e Buda e na Palestina
como Jesus. Porém triunfaram as forças inferiores e a tal ponto se
generalizaram os desentendimentos entre os diferentes povos, que se
impôs a providência da separação de grandes massas humanas mormente
entre: a) romahals; b) turamanos; c) mongóis; d) travlatis, refluindo
parte deles para o norte do

27 a) gigantes: vermelho-escuros; b) colonizadores: amarelos; c)
agricultores: amarelos;

d) montanheses: vermelho-escuros.

continente de onde uma parte passou à Ásia, pela ponte ocidental do
Alasca, localizando-se principalmente na China, e outra parte alcançou o
Continente Hiperbóreo, situado, como já vimos, nas regiões árticas, ao
norte da Europa, que nessa época apresentavam magníficas condições de
vida para os seres humanos.

No seio da grande massa que permaneceu na Atlântida, formada pelas
outras três sub-raças 28 : a) toltecas; b) semitas; e c) acádios 29 , o
tempo, no seu transcurso milenário, assinalou extraordinários progressos
no campo das atividades materiais, conquanto, semelhantemente ao que já
sucedera no Oriente, as sociedades desses povos tinham se deixado
dominar pelos instintos inferiores e pela prática de atos condenáveis,
de orgulho e de violência.

Assim, então, lastimavelmente degeneraram, comprometendo sua evolução.

Lavrou entre eles tão terrível corrupção psíquica que, como
conseqüência, ocorreu novo e tremendo cataclismo: a Atlântida também
submergiu.

Os arquivos da história humana não oferecem aos investigadores dos
nossos dias documentação esclarecedora e positiva desse acontecimento,
como, aliás, também sucede e ainda mais acentuadamente, em relação à
Lemúria; por isso é que esses fatos, tão importantes e interessantes
para o conhecimento da vida planetária, estão capitulados no setor das
lendas.
***
28 a) administradores: vermelho-cobre; b) guerreiros: ...escuros;

c) navegadores - comerciantes

29 Existiram com o nome de Acádia duas regiões distintas, a saber: uma
na Nova Escócia (Canadá) e outra no Oriente Médio. (Nota da Editora)

Mas, não obstante, existem indicações aceitáveis de sua autenticidade,
que constam de uma extensa e curiosa bibliografia assinada por autores
respeitáveis de todos os ramos da ciência oficial.

Como não temos espaço nesta obra para expor a questão detalhadamente,
nem esse é o nosso escopo, porque não desejamos sair do terreno
espiritual, limitamo-nos unicamente a transcrever um documento referente
à Atlântida, que reforça nossa desvaliosa exposição: é um manuscrito
denominado "O Troiano", descoberto em escavações arqueológicas do país
dos toltecas, ao sul do México e que se conserva, segundo sabemos, no
"British Museum" de Londres.

Ele diz:

- "No ano 6 de Kan, em 11 Muluc, no mês de Zac, terríveis tremores de
terra se produziram e continuaram sem interrupção até dia 13 de Chuem.

A região das Colinas de Argilas - o país de Mu - foi sacrificado.

Depois de sacudido por duas vezes desapareceu subitamente durante a
noite.

O solo continuamente influenciado por forças vulcânicas subia e descia
em vários lugares, até que cedeu.

As regiões foram, então, separadas umas das outras e, depois, dispersas.

Não tendo podido resistir às suas terríveis convulsões, elas afundaram,
arrastando sessenta e quatro milhões de habitantes.

Isto passou-se 8.060 anos antes da composição deste

livro"

O Codex Tolteca Tira (Livro das Migrações) menciona,

entre outras. as migrações de oito tribos. que alcançaram as praias do
Pacífico, vindas de uma terra situada a leste, chamada Astlan.

As lendas mexicanas falam de uma terrível catástrofe, de uma inundação
tremenda que obrigou as tribos Nahoa e Quinché a emigrarem para o
extremo sudoeste.

Nos velhos desenhos mexicanos a misteriosa pátria de origem dos toltecas
e astecas, a terra Astlan, está representada por uma ilha montanhosa e
uma dessas montanhas está cercada por uma muralha e um canal.

Os índios peles-vermelhas do Dakota, nos Estados Unidos, guardam uma
lenda, segundo a qual seus antepassados habitavam uma ilha no Oriente,
formando uma só nação e dali vieram, por mar, para a América.

Na Venezuela, Peru e outros lugares encontram-se índios brancos de olhos
azuis, cabelos castanhos; e os Warsan, tribo Arovac, afirmam que seus
antepassados moravam em um paraíso terrestre, no Oriente.

O Popul-vu, obra em quatro volumes que contém toda a mitologia dos Maias
em idioma quiché, conta que os antepassados dessa tribo da Guatemala
vieram, há muitíssimos anos, de um país situado muito a leste, em pleno
oceano.

Havia nesse país um mesmo idioma e homens de diferentes cores, e nessa
época o mundo foi afogado por um dilúvio, ao mesmo tempo que um fogo
abrasador descia dos céus.

Enfim, há inúmeras outras referências entre as tribos da América sobre
esse país, Astlan, e todas concordes em situá-lo no oceano, a leste.
lugar justamente onde se localizava a Atlântida.

Essa narração do manuscrito troiano é corroborada pelas tradições maias,
povos sobreviventes do fenômeno, que se referem a dois cataclismos
ocorridos, um deles em 8452 a.C.

e outro 4292 a.C., tradições essas que, como se vê, noticiam dois
afundamentos parciais em vez de um, geral; em resumo: que o continente
foi destruído em duas vezes e em duas épocas diferentes e bem afastadas
uma da outra.

Disso se conclui que primeiramente afundou a Grande Atlântida, o
continente primitivo (acontecimento descrito no Troiano) e 4.160 anos
depois, submergiu por sua vez uma parte que restou do grande continente,
que era na antigüidade conhecida por Pequena Atlântida (Poseidônis),
região formada por uma ilha de larga extensão que se desenvolvia da
costa norte da África à altura do atual Mar de Sargaços, em sentido
leste-oeste."

De fato, há muitas comprovações disso:

No fundo do Atlântico foram encontradas lavas vulcânicas cristalinas,
cuja congelação era própria de agentes atmosféricos, dando a entender
que o vulcão que as expeliu era terrestre e o esfriamento da lava se deu
em terra e não no mar.

Estudos realizados no fundo desse oceano revelam a existência de uma
grande cordilheira, começando na Irlanda e terminando mais ou menos à
altura da foz do rio Amazonas, no Brasil, cuja elevação é quase três mil
metros acima do nível médio do fundo do oceano.
***
30 Esta ilha, relíquia do grande continente primitivo, possuía dimensões
continentais calculadas em 3.000 km x 1.800 km, o que dá 5.400.000 km2,
pouco mais da metade do Brasil, segundo sondagens feitas por cientistas
europeus de alta capacidade.

Os homens do Cro-Magnon eram do tipo atlante, muito diferentes de todos
os demais, e só existiram na Europa ocidental na face fronteira ao
continente desaparecido, mostrando que dali é que vieram.

O idioma dos bascos não tem afinidade com nenhum outro da Europa ou do
Oriente e muito se aproxima dos idiomas dos americanos aborígines.

Os crânios dos Cro-Magnons são semelhantes aos crânios pré-históricos
encontrados em Lagoa Santa, Minas Gerais (Brasil).

Há pirâmides semelhantes no Egito e no México, e a mumificação de
cadáveres praticada no Egito antigo o era também no México e no Peru.

Também se verificou que o fundo do Atlântico está lentamente se
erguendo: a sondagem feita em 1923 revelou um erguimento de quatro
quilômetros em 25 anos, o que concorda com as profecias que dizem que a
Atlântida se reerguerá do mar para substituir continentes que serão, por
sua vez, afundados, nos dias em que estamos vivendo.

Enfim, uma infinidade de indícios e circunstâncias asseveram firmemente
a existência deste grande continente, onde viveu a Quarta Raça, entre a
Europa e a América.

Estes dados, quanto às datas, não podem ser confirmados historicamente,
porém, segundo a tradição espiritual, entre o afundamento da Lemúria e
da Grande Atlântida houve um espaço de 700 mil anos.

O ciclo atlante foi o termo extremo da materialidade do "manvântara" 31,
cujo arco descendente se completou sob a Quarta Sub-Raça. A terra
firme parece ter chegado por esses tempos ao seu máximo de extensão,
ostentando-se em vários continentes e uma infinidade de ilhas.
e-mais: gasparetto@snet.com.br i site: w# gasparetto.com.br

Ultimou-se o desenvolvimento das faculdades físicas do gênero humano, ao
passo que o característico psicológico foi o desejo, cujo império
entregou o homem, de pés e mãos atados, ao Gênio do Mal. A peçonha e o
sabor do sangue estabeleceram, então, o seu reinado.

Os atlantes possuíam um profundo conhecimento das Leis da Natureza,
mormente das que governam os três elementos, terra, água e ar. Eram,
também, senhores de muitos segredos da metalurgia. As suas cidades eram
ricas em ouro e alguns de seus palácios eram feitos desse metal. Suas
sub-raças espalharam-se por todos os países do mundo de então.
Cultivavam a magia negra e utilizavam-se grandemente dos elementais e de
outros seres do submundo.

O apogeu da civilização atlante teve a duração de 70 mil anos e exerceu
profunda influência na história e na religião de todos os povos
pré-históricos que habitaram o Mediterrâneo e o Oriente Próximo.

Como as anteriores, esta raça-mãe teve, como já vimos, sete sub-raças;
as quatro primeiras habitaram o continente até sua submersão e as três
últimas habitaram a grande ilha Poseidônis. Os chineses, mongóis em
geral, inclusive os javaneses, são na Ásia os remanescentes desses povos
no seu período de natural decadência etnográfica.
***
31. Manvântara", segundo a tradição bramânica, é um ciclo planetário,
parte do período evolutivo que os "egos individuais" (centelhas divinas)
devem percorrer rumo a perfeição. (Nota da Editora)

Diz um "mahatma" do Himavat:

"Na idade eoceno, ainda no seu começo, o ciclo máximo dos homens da
Quarta-Raça, os Atlantes, tinha chegado ao seu ponto culminante, e o
grande continente, pai de quase todos os continentes atuais, mostrou os
primeiros sintomas de mergulhar nas águas, processo que durou até há
11.446 anos, quando a sua última ilha, que podemos com propriedade
chamar Poseidônis, abismou-se com estrondo.

Não se pode confundir Lemúria com Atlântida; ambos os continentes
soçobraram, mas o período decorrido entre as duas catástrofes foi de
cerca de 700 mil anos.

Floresceu a Lemúria e terminou a sua carreira no espaço de tempo que
antecedeu a madrugada da idade eoceno, pois a sua raça foi a terceira.
Contemplai as relíquias dessa nação, outrora tão grandiosa, em alguns
dos aborígines de cabeça chata que habitam a vossa Austrália.
Lembrai-vos de que por baixo dos continentes explorados e escavados
pelos cientistas, em cujas entranhas descobriram a idade eoceno,
obrigando-a a entregar os seus segredos, podem jazer ocultos nos leitos
oceânicos insondáveis outros continentes muito mais antigos. Assim por
que não aceitar que os nossos continentes atuais, como também Lemúria e
Atlântida, hajam sido submergidos já por diversas vezes, dando assento a
novos grupos de humanidades e civilizações; que no primeiro grande
solevamento geológico do próximo cataclismo (na série de cataclismos
periódicos que ocorre desde o começo até o fim de cada circuito) os
nossos atuais continentes submetidos já a autópsia hão de afundar-se,
enquanto tornem a surgir outras Lemúrias e outras Atlântidas?"

Assim, como aconteceu antes com a Lemúria (Fig. 4), o afundamento da
Atlântida trouxe, para a geografia do globo, novas e importantes
modificações na distribuição das terras e das águas, a saber:

Com o afundamento da Grande Atlântida (Fig.5)

a) sobrelevou-se o território da futura América, que se rematou ao
ocidente, no centro e no sul, com a cordilheira dos Andes;

b) completou-se o contorno desse continente na parte oriental;

c) permaneceram sobre as águas do oceano que então se formou, e conserva
o mesmo nome do continente submergido - O Atlântico - algumas partes
altas que hoje formam as ilhas de Cabo Verde, Açores, Canárias e outras;

d) na Europa levantou-se a cordilheira dos Alpes.

Com o afundamento da Pequena Atlântida (Fig. 6) a) produziu-se novo
levantamento na África, completando-se esse continente com a secagem do
lago Tritônio e conseqüente formação do deserto do Saara, até hoje
existente;

b) foi rompido o istmo de Gibraltar, formando-se o atual estreito do
mesmo nome e o Mar Mediterrâneo.

Essa narrativa do Troiano e as tradições dos Maias, por outro lado,
concordam com as tradições egípcias, reveladas a Sólon pelos sacerdotes
de Saís, seiscentos anos antes da nossa era, as quais afirmam que a
Atlântida submergiu 9.500 anos antes da época em que eles viviam.

Também concordam com a narrativa feita por Platão, em seus livros Timeu
e Crítias, escrita quatro séculos antes de Cristo, na qual esse renomado
discípulo de Sócrates, filósofo e iniciado grego que gozou na
antigüidade de alto e merecido prestígio, confirma todas estas
tradições.

Para o trabalho que estamos fazendo, considerada sua feição mais que
tudo espiritual, basta-nos a tradição.

Por último, quanto aos habitantes sobreviventes desses dois cataclismos,
resta dizer que parte se refugiou na América sobrelevada, vindo a formar
os povos astecas, maias, incas e peles-vermelhas em geral, ainda hoje
existentes; parte alcançou as costas norte-africanas, vindo a trazer
novo contingente de progresso aos povos ali existentes, principalmente
aos egípcios; e uma última parte, finalmente, a de importância mais
considerável para a evolução espiritual do planeta, ganhou as costas do
continente Hiperbóreo, para leste, onde já existiam colônias da mesma
raça, para ali emigradas anteriormente, como já dissemos, e cujo destino
será em seguida relatado.

Assim, com estes acontecimentos terríveis e dolorosos, extinguiu-se a
Quarta Raça e abriu-se campo às atividades daquela que a sucedeu, que,
sobre todas as demais, foi a mais importante e decisiva para a
incipiente civilização do mundo.

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